CONSTRUÇÕES DE
GÊNERO E SEXUALIDADE NO EGITO ANTIGO
Aritusa Bernardo
Bastos
Definição de
gênero e sexualidade
Gênero e sexo são dois elementos interligados. O
gênero, no entanto, não pode ser definido como uma interpretação cultural do
sexo biológico, mas como uma concepção construída culturalmente (BUTLER, 2003,
pp.24-25).
A cultura dita padrões de comportamento a cada
sexo de maneira que, para os indiví- duos, tais atitudes que caracterizam o
feminino e o masculino sejam consideradas naturais e não aprendidas e
praticadas no processo social (DURKHEIM, 2007, pp.8-9). A sexualidade também
está incluída nesses padrões de comportamento estabelecidos cultural, social e
historica- mente. Por isso, torna-se mais complexo defini-la. É necessário,
portanto, levar em consideração “experiências sociais radicalmente diferentes” (SCOTT,
1989, p.5).
Os povos egípcios constituem uma das civilizações
antigas que possui grande destaque na historiografia: há estudos históricos
acerca da sociedade, de sua língua, de sua forma de pensar, de sua
religiosidade, entre outros. Analogamente a esses elementos que fazem parte de
sua cultura, encontram-se produções a respeito da questão de gênero e
sexualidade no Egito.
Perspectivas de
gênero e sexualidade no Egito antigo
A princípio, a relação entre o feminino e o
masculino no mundo egípcio se dava sob um certo viés de igualdade. Sendo assim,
era conferida relevância tanto ao homem quanto à mulher.
A mulher egípcia comum - casada ou viúva -, que
não era participante da linhagem real, possuía a função e status de “senhora da
casa” ou “nebt-per“. Diferentemente
da visão pejorativa a qual esse termo é associado no mundo ocidental, o papel
de senhora abrangia aspectos significativos na sociedade. É necessário
compreender as particularidades do Egito no que tange às suas concepções de
gênero e afastá-las dos moldes ocidentais, embora o Egito tenha sido anexado ao
Império Macedônio (séc. III a.C.) e, posteriormente, ao Império Romano (30
a.C.).
A partir de análises iconográficas realizadas,
no entanto, é perceptível que a figura do homem constantemente exerce maior
evidência, se comparada a da mulher. Normalmente ele aparece como o dono da
tumba, mas verifica-se nas inscrições a importância da mãe quando se trata do
reconhecimento da descendência a qual se pertencia o indivíduo (GRALHA, 2012,
p.190).
A maternidade representava tamanha importância
no Egito. De maneira que, segundo a crença popular, mesmo o caráter divino dos
reis era transmitido pelas mulheres. Dessa forma, o herdeiro precisava ser
filho não apenas do rei, como também de uma princesa. Por isso, era comum que
ocorressem casamentos de faraós com suas irmãs e meias-irmãs, e em determinadas
ocasiões, até mesmo com suas próprias filhas (CARDOSO, 1982, p.23).
O casamento no Egito, contrário às outras
civilizações do oriente, não era “sacramentado” (CARDOSO; apud GRALHA, 2012, p.
191). Logo, os matrimônios não se davam de maneira tão formal, não envolvendo
os âmbitos administrativo e religioso. Para os egípcios do período faraônico, o
casamento se consumava no momento em que um casal decidia iniciar uma vida
juntos, residindo no mesmo local. Portanto, não era necessário nenhum tipo de
ritual, mas o ato dependia exclusivamente do anseio de um homem e de uma mulher
de estarem unidos. Isso bastava. Assim, o conjúgio se dava no campo privado,
sem interferência do Estado. Isso, asso- ciado à procriação, era imprescindível
para que a união fosse reconhecida socialmente (JACQ, 2000, p.164).
Outrossim, casar-se não era um ato obrigatório.
As mulheres e homens solteiros possuíam total autonomia. Além disso, não era
exigida a virgindade da noiva, nem do noivo, porque havia no Egito a concepção
de casamento para a vida toda, sendo a fidelidade entre os cônjuges o
primordial. Por isso, os jovens deveriam viver experiências passageiras antes
de assumirem um compromisso dessa magintude (JACQ, 2000, p.162). Contudo, sabe-se
de noivos que ofereciam um dote pela virgindade da mulher, chamado de “presente
da virgem”.
Entre os tipos de casamento, havia um casamento
experimental, que durava um determi- nado tempo. Ao fim do mesmo, o casal
decidiria continuar ajuntado ou não. Ademais, existia também a poligamia como
algo comum no Egito. Contudo, o homem deveria ter condições para sustentar
todas as suas mulheres e apenas uma possuiria o status de “esposa oficial”.
Foram encontrados contratos de casamento,
elaborados a partir do século VII a.C., que consistiam uma espécie de
legislação regulamentadora da instituição matrimonial. No período de Ptolomeu
(90-168), ganharam ênfase e encontravam-se neles penalidades contra o adultério
masculino e também contra a agressão. Tais infrações poderiam gerar divórcios e
indenizações. O divórcio poderia ser realizado tanto pelos homens quanto pelas
mulheres, dentre os motivos para isso, além dos citados anteriormente,
encontram-se a incongruência do casal e questões envolvendo a fertilidade.
Na sociedade egípcia, era permitido à mulher
possuir propriedades, contudo, a adminis- tração cabia ao seu marido. Ademais,
ela tutelava a respeito dos filhos e tratava dos assuntos domésticos. Não
estava exclusa também de ter outras ocupações no âmbito urbano - como escriba,
inspetora, possuir cargos religiosos etc. No tocante às questões jurídicas,
assim como o homem, ela podia testemunhar.
Homens e mulheres da elite costumavam ser
identificados nas representações pelos seus títulos de nobreza. No que tange à
classe mais popular, a identificação se restringia às suas atividades no campo
profissional. Assim, lhes era atribuído um caráter mais individual, não limi-
tado ao seu sexo. As atividades exercidas pelas mulheres também não eram tão
dessemelhantes daquelas realizadas pelos homens, salvo pela manufatura do linho
(SILVA, 2012, p.74).
Ademais, as mulheres que não compunham o alto
estamento no Egito poderiam ser dançarinas, musicistas, cantoras, carpideiras e
servas. Simultaneamente, os homens costumavam se concentrar em atividades como
a caça e a pesca, o pastoreio, o parto dos animais e a extração de leite
(SILVA, 2012, p.75). No que se refere as elites egípcias, segundo fontes, é
possível afirmar que as mulheres, poderiam, inclusive elevar o status de seus
maridos. Mesmo que estas não fossem funcionárias do Estado, possuíam suas
atividades no templo e isso era de suma relevância. Essas mulheres também
poderiam administrar os bens familiares, comprar e vender propriedades,
supervionar o gado e as atividades comerciais.
A diferença crucial entre ambos os gêneros se dá
na posição de dominante, que cabia ao homem. Contudo, o feminino não era por
conta disso inferiorizado. Em suma, o Egito se apresentou como uma civilização
que entendia e prezava pela interação dos gêneros, pois, essa integração
levaria a plenitude e harmonia.
Na própria tradição mitológica dos egípcios,
vê-se que o Cosmos se dá a partir da ligação entre os princípios masculino e
feminino, complementares entre si. No início, o deus Atum gera o casal divino
Shu e Tefnut, que seguem o processo de elaboração do universo com a gênese de
mais outros dois deuses de gêneros complementares: Geb e Nut. Por fim, estes
dão origem aos casais Osíris e Íris e Seth e Neftís, que concluem o processo de
criação do mundo (GRALHA, 2012, p.195).
No tocante à sexualidade egípcia, pode-se
afirmar que é livre e ligada ao viés espiri- tual. No mito da origem do Cosmos, Atum, o primeiro
deus, teria colocado a mão em seu falo
para praticar o ato da masturbação. Assim, expeliu o próprio sêmen e depois o
engoliu e colocou-o para fora, cuspindo a forma dos deuses Shu e Tefnut. Após
isso, os deuses Shu e Tefnut (o primeiro, era o deus ar e o segundo,
representava a umidade), entram em ação de cópula para dar continuidade ao processo
criativo. E novamente há uma referência ao sexo. Assim, são concebidos mais
dois deuses: Geb, o deus terra e sua irmã Nut, deusa céu.
Por meio do ato sexual entre Geb e Nut, são
concebidos Ísis, Osíris, Seth e Néftis, que também constituem casais. Assim, há
a presença de relações incestuosas e adultério, pois Osíris copulou com sua
irmã e esposa de Seth, Néftis, e geraram Anúbis. Seth também desposou outras
“amantes”, como Anat e Astarté. Devido a toda essa construção mítica, no qual a
cultura egípcia antiga é totalmente alicerçada, o sexo adquire também um
caráter divino.
Os órgãos genitais masculinos e femininos
aparecem também nos hieróglifos. A nudez não era condenada. O deus Min é
representado como uma ereção, simbolizando a potência da criação do Cosmos e da
natureza. A sexualidade no Egito era muito ligada à procriação, portanto,
sabe-se pouco a respeito das relações sexuais homoeróticas (femininas e
masculinas).
Há fatores que se revelam problemáticos no que
se refere aos estudos sobre homossexua- lidade no Egito, entre eles: a ausência
de documentação remetente a todas as categorias sociais existentes, a
aproximação cultural com romanos e gregos, promovendo um empecilho a uma
interpretação “pura” de tais questões e a carência de um termo próprio da
sociedade egípcia para designar relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo.
Algumas referências ao homoerotismo, embora
configurem poucas, se dão nos campos mítico, literário de carater real -
envolvendo os faraós - e das artes em geral.
No domínio religioso, há um episódio mítico
famoso conhecido como “Grande Con- tenda“ encontrado no “Papiro Chester Beatty I“, no qual o deus Hórus disputa o trono de
Osíris com seu tio Set. No texto, Hórus é persuadido a dormir com Seth e eles
realizam o coito. Seth usa a relação não como forma de satisfação sexual, mas
de exercício de poder sobre seu inimigo. A outra passagem relacionada a
homossexualidade de Seth e Hórus encontra-se no “Papiro Kahun”. Em um trecho do mesmo, Seth elogia as
nádegas do sobrinho (BRANCAGLION JR, 2011, p.71).
Encontram-se também referências ao homoerotismo
no “Livro dos Mortos”. Segundo a
crença egípcia, os tipos de relações sexuais realizadas em vida poderiam
comprometer o indivíduo, de modo a impedi-lo de adrentrar no mundo dos mortos.
No capítulo 125, na chamada “Confissão Negativa”, o morto afirma ao Tribunal
Divino não ter cometido uma das 42 ações con- denáveis que impossibilitariam o
seu pós-vida, entre elas, estava a sodomia (BRANCAGLION JR, 2011, p.72).
Se tratando da realeza, diz-se em um conto do
período do médio império que o faraó Pepi II mantinha um caso íntimo com um
general chamado Sasenet. Uma outra possível referência à homossexualidade diz
respeito ao faraó Amenhotep II e um oficial da Corte chamado Usersatet.
É importante ressaltar que as evidências sobre o
homoerotismo masculino no Egito antigo são poucas e, em alguns casos, de
difícil interpretação. Quanto aos vestígios sobre as relações entre mulheres,
são praticamente inexistentes.
Uma das mais antigas fontes relacionadas a
homossexualidade no Egito antigo encontra- se nas “Máximas de Ptah-hotep”,
escritos por escribas com o objetivo de educar a sociedade. Em uma dessas
máximas, há uma advertência contra a pederastia por se caracterizar como um
comportamento dissociado dos valores egípcios, assim como o adultério.
De acordo com as concepções egípcias sobre a
vida, a interação entre masculino (virili- dade) e feminino (fertildiade)
representava a força criativa do Cosmos, enquanto a homossexua- lidade era
vista como a impossibilidade desse poder de dar vida. Por isso, era considerada
um desperdício de sêmen e insatisfatória, por ser improdutiva (BRANCAGLION JR,
2011, p.76).
Os egípcios, contudo, também condenavam o
excesso e isso inclui as questões sexuais. Os escribas advertiam seriamente aos
alunos que esqueciam do trabalho para se entregarem aos prazeres carnais.
Segundo eles, “o excesso de prazer deixa de ser prazer“(JACQ, 2000, p.160).
Dessa forma, a partir da análise de seus
próprios elementos culturais e de sua historicidade, busca-se entender os
fundamentos e, por conseguinte, as relações de gênero e sexualidade existentes
no Egito antigo.
Referências
Aritusa Bernardo Bastos é Graduanda do curso de
História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
BRANCAGLION JR, Antonio. ”Homossexualismo no
Egito Antigo”. In: MÉTIS: his- tória & cultura (v. 10, n. 20): Editora:
Caxias do Sul: Universidade de Caxias do Sul, 2011. pp. 69-79
BUTLER, Judith.
Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade (trad.
Renato Aguiar) - Rio de Janeiro: Editora:
Civilização Brasileira, 2003.
CARDOSO, Ciro. O Egito
Antigo. Editora: Brasiliense, SP, 1982.
DURKHEIM, Emilé. As
regras do método sociológico (trad. Paulo Neves). 3ª ed. - São Paulo: Editora:
Martins Fontes, 2007.
GRALHA, Julio. ”Senhora
da casa, divindade e faraó: as várias imagens da mulher do antigo Egito”. In:
CANDIDO, Maria Regina (org.). Mulheres na Antiguidade: Novas Perspectivas e
Abordagens. Rio de Janeiro: UERJ/NEA; Gráfica e Editora - DG ltda, 2012.
JACQ, Christian. As
Egípcias: Retratos de Mulheres do Egito Faraônico. Editora: Ber- trand Brasil,
Rio de Janeiro, 2000.
SALES, José das Candeias. ”Sexualidade e sagrado
entre os egípcios: em torno dos comportamentos erótico-sexuais dos antigos
deuses egípcios”. In: RAMOS, José Augusto; FIALHO, Maria do Céu e; RODRIGUES,
Nuno Simões (org.). A Sexualidade no Mundo Antigo, 2009, Centro de História -
Universidade de Lisboa. pp. 55-81
SILVA, Thais Rocha. ”A senhora da casa ou a dona
da casa? Construções sobre gênero e alimentação no Egito Antigo”. In: Cadernos
PAGU (v. 39): 2012: Núcleo de Estudos de Gênero da UNICAMP, SP. pp. 55-86.
SCOTT, Joan. Gênero: uma
categoria útil para a análise histórica (trad. Christine Rufino Dabat e Maria
Betânia Ávila). Nova Iorque, Columbia University Press, 1989.
Parabéns pelo texto, Aritusa! Tem profundidade e a problematização é pertinente, sobretudo se levarmos em consideração o contexto atual. Como pudemos observar ao olhar para os documentos do Egito Antigo, a sexualidade não era tão permeada por tabus e julgamentos eminentemente morais como ocorre a partir da Era Cristã, e isso, inclusive, reverberava nos papéis sociais de homens e mulheres, o que permitia à mulher construir um papel de igualdade com o homem em muitas situações, como bem apontado por você ao se apoiar em Silva (2012, p. 74): "As atividades exercidas pelas mulheres também não eram tão dessemelhantes daquelas realizadas pelos homens, salvo pela manufatura do linho".
ResponderExcluirDiante disso, quero propor uma reflexão. Levando em consideração os papéis sociais historicamente construídos sobretudo a partir do advento do cristianismo, como você enxerga essa ruptura com o Mundo Antigo (incluindo Egito, Mesopotâmia, Grécia e Roma) no tocante à sobreposição do homem sobre a mulher? Você enxerga que a dominação masculina está diretamente relacionada ao avanço da doutrina cristã, visto que em civilizações anteriores muito se cultuava o feminino? Neste mesmo interesse, em sua perspectiva existem outros fatores primordiais que conduziram ao panorama de inferiorização da mulher?
Att.,
Fábio Alexandre da Silva e Graziele Rodrigues de Oliveira
Olá, Fábio. Obrigada pelo comentário.
ExcluirPara responder às suas questões, creio que é necessário compreender que o próprio "Mundo Antigo" não se configura enquanto homogêneo. No tocante à isso, é notório que o cristianismo rompeu com muitos aspectos da antiguidade, mas reforçou outros. A Grécia Antiga era extremamente opressora para as mulheres. Os gregos reduziam o gênero feminino: elas eram tratadas como meras reprodutoras e deveriam se ater aos serviços domésticos, obedecendo a seus maridos. É basicamente o que se espera da mulher na visão cristã: submissão. Isso é percebido em muitas epístolas de Paulo.
Tive a oportunidade de realizar uma pesquisa sobre o panorama de gênero também no Mundo Antigo Ocidental (Grécia e Roma), e se o cristianismo passou a condenar a sodomia - prática comum entre os gregos, fomentou a desigualdade entre os gêneros, subjugando o feminino. Não creio ter sido o cristianismo o único responsável por isso. Embora o tratamento destinado a elas no Egito fosse bem particular, no mundo antigo, sobretudo no Ocidente, é perceptível uma subjugação exacerbada do feminino mesmo que em níveis diferentes. Essa questão é muito bem trabalhada em O Segundo Sexo, da filósofa francesa Simone de Beauvoir. A autora fala sobre como as questões biológicas foram usadas como forma de afastar as mulheres de um protagonismo no âmbito social e politico. Quando me refiro a isso, falo, sobretudo, a respeito da maternidade, que foi colocada como única responsabilidade da mulher e somente dela, inviabilizando-a ao longo de boa parte da história. O cristianismo apenas seguiu esse fluxo e legitimou essa construção.
Espero ter respondido às suas perguntas.
Abraços,
Aritusa Bastos.
Perfeitamente, Aritusa. Dúvidas esclarecidas.
ExcluirAbraços,
Fábio Alexandre
Excelente texto professora Aritusa Bastos,um olhar extremamente peculiar sobre esse rotina/prática de gênero no Egito Antigo , Só queria entender melhor com uma resposta breve sobre o Homoerotismo... Isso não quer dizer que o Homoerotismo no Egito Antigo era percebido como algo pecaminoso ?
ResponderExcluirProfessor Bartolomeu Lima Sá Júnior
Olá, Bartolomeu. Obrigada por comentar.
ExcluirEntão, o termo pecaminoso, para mim, não soa apropriado ao me referir à prática homoerótica no Egito por se tratar de uma terminologia atrelada, sobretudo, ao cristianismo/judaísmo, mas o homoerotismo era entendido como uma anomalia. E como dito no texto, a prática da sodomia impedia a passagem do cidadão egípcio para o mundo dos mortos.
Obrigado!
ExcluirEntão professora eu fazendo a minha interpretação eu posso afirmar que o povo do Egito Antigo fazia o necessário para que o caos não se instalasse em suas vidas ou em sua família?
ResponderExcluirProfessor Bartolomeu Lima Sá Júnior
Se está se referindo às relações heterossexuais entre os egípcios, creio que não era exatamente dessa forma. Por se tratar de uma construção cultural no qual o indivíduo nascia e se tornava participante, creio que essa questão possuía um viés muito mais naturalizado, não que os egípcios se relacionavam apenas pensando nisso.
ExcluirEspero ter respondido. Caso contrário, pode reformular a pergunta.
Abraços.
Perfeito....obrigado!
ExcluirOlá, Aritusa Bernardo Bastos, gostaria em um primeiro momento elogiar o seu texto, muito bem escrito e fundamentado. Mas, me surgiu uma dúvida que talvez fuja um pouco ao escopo do texto, em todo caso, a a função e status de “senhora da casa” também foi aceita quando Nerfertite e Cleópatra governaram o Egito? Ou ocorreu alguma subjugação por elas serem mulheres quando se tornaram faraós?
ResponderExcluirÁlvaro Ribeiro Regiani
Confesso não ter me aprofundado a respeito disso. Mas pelo meu conhecimento, embora não fosse comum o faraó ser uma mulher -
Excluirno caso da Cleópatra -, ambas governaram bem. Cleópatra foi uma líder muito reconhecida e uma estrategista brilhante. E a Nefertiti foi muito importante na questão da implantação do monoteísmo no Egito, mas não era faraó, era sacerdotisa. Tratavam-se também de temporalidades diferentes, o que deve ser levado em consideração. Mas não foram desmerecidas por conta de seu gênero.
Espero ter ajudado. Abraços.
Olá Aritusa, parabéns pelo trabalho!
ResponderExcluirGostaria de saber se na sua opinião as mulheres egípcias eram de certa forma privilegiadas por não sofrerem repressão, nem serem subjugadas pelos homens do Egito?
Railany Oliveira de Sousa.
Olá, Railany. Obrigada por seu comentário.
ExcluirNão creio que eram privilegiadas, mas, se comparadas à outras mulheres de seu tempo em diferentes localidades, pode-se dizer que sim.
Abraços.
Boa Noite!
ResponderExcluirNa literatura os egípcios falavam de seus reis não como seres divinos infalíveis, mas destacavam seus aspectos mais humanos.
então como trabalhar o aspecto mito ou verdade na cultura egípcia?
Letícia Monteiro Barros
Olá, Letícia.
ExcluirO aspecto mítico tratado no texto abrange somente a mitologia egípcia e seus deuses. Quando me refiro aos faraós, falo sobre o caráter real. Contudo, com base em minha pesquisa, os faraós possuíam um caráter divino sim. Eram, inclusive, entendidos pelos egípcios como a encarnação de Hórus.
Mas creio ser possível trabalhar esses aspectos conjuntamente, pois os egípcios eram um povo extremamente ligados a esse viés religioso. Então a verdade e o mito, para eles, não se distinguiam visto que um era influenciado diretamente pelo outro.
Espero ter ajudado. Abraços.
Excelente trabalho! meu campo de pesquisa é sobre gênero, então todos os trabalhos que caminham por essa linha eu sempre estou lendo.
ResponderExcluirGostei da forma como é apresentada a mulher egípcia e como se diferencia das mulheres em outras sociedades, no texto estão presentes algumas profissões as quais as mulheres exerciam. a registro de mulheres participando da medicina egípcia e dos processos de mumificação realizados? e as pituras e esculturas a registro da participação feminina?
FRANCIELE MARCOS VELHO
Olá, Franciele. Confesso que em minha pesquisa, não achei nenhum texto que tratasse a respeito do tema. Você me instigou a procurar artigos e ao me aprofundar na relação entre a medicina e as mulheres, percebi que este também era um campo em que havia grande participação feminina, sobretudo na área de ginecologia. Existiram grandes nomes de mulheres egípcias nesse ramo da ciência, mulheres que coordenaram equipes médicas, como no caso de Peseshet. Sobre a mumificação, não achei nada específico. Mas com base nos artigos que li, não creio que essa fosse também uma atividade realizada apenas por homens, ao menos não em todo o seu processo. Ainda mais considerando que as mulheres não eram limitadas no que tange às profissões.
ExcluirEspero ter ajudado. Abraços.
Boa noite! Ótimo texto. Você disse sobre a importância da fertilidade. Há indícios de que as mulheres usavam algum método para controle ou espaçamento entre uma gravidez e outra? Ou o aborto, coito interrompido etc. também eram vistos como negativos pelos egípcios?
ResponderExcluirAna Paula Sanvido Lara
Olá, Ana. Obrigada por seu comentário.
ExcluirAs mulheres egípcias, na verdade, foram pioneiras no uso dos métodos contraceptivos. Interessante é que os egípcios possuíam métodos próprios que influenciaram na criação de alguns que usamos hoje em dia. Em um dos métodos dos egípcios, usavam mel e goma de ayut para desacelerar os espermatozóides, usavam brotos de acácia e até esterco de crocodilo.
Espero ter ajudado. Abraços.
O trabalho é muito bom. Bem escrito e super didático. A minha questão é mais relacionado a homossexualidade. Há em alguma fonte ou trabalho que aborda a repressão aos indivíduos que praticavam esse relações homossexuais ? Visto que era olhada de forma improdutiva, entre outros aspectos como foi citado em seu texto.
ResponderExcluirJhonnatas Ribeiro de Carvalho
ARITUSA parabenizo pelo seu trabalho em abordar sobre a sexualidade no Egito, e que dentro da dinâmica social da época vemos que a importância da mulher em aluns momentos do cotidiano da sociedade egípcia. Comento que la li alguns artigos e assisti alguns documentários sobre o papiro de Turim um documento do antigo Egito que continha informações e conhecimento sobre o sexo e as praticas sexuais daquela sociedade, Gostaria de saber se voce já abordou um discussão sobre esse documento?
ExcluirATT ELOIS ALEXANDRE DE PAULA
Olá, Jhonnatas. Obrigada pelo comentario.
ExcluirConfesso que não achei nenhum trabalho falando sobre isso. Contudo, com base em minha pesquisa, creio que não era tão comum que tais relações fossem expostas publicamente justamente por serem consideradas não usuais.
Espero ter ajudado. Abraços.
Obrigada, Elois. Ainda não tive essa oportunidade, mas espero que sim. Preciso estudar mais sobre isso antes.
ExcluirParabéns pela pesquisa,
ResponderExcluirAchei bastante interessante a relação entre homem e mulher, que me parece que não está absolutamente ligada a questões de Estado, porém mais cultural. Havia uma maior valorização dessa relação mais pautadas nas questões religiosas ou melhor nas crenças?
Att.
Lailson Costa Duarte
Tratava-se de uma questão cultural, de uma cultura que possuía fortes vínculos com a religião e suas crenças.
ExcluirParabéns pelo trabalho, Aritusa. Minha inquietação volta-se para a existência de mulheres que exerciam funções de sacerdotisas. Gostaria que você me falasse sobre. Um abraço e muito obrigada por um texto tão instigante.
ResponderExcluirMuito obrigada, Marize.
ExcluirAs sacerdotisas no Egito eram muito importantes e valorizadas e como se sabe, essa função no Egito antigo possuía muita relevância devido ao forte apelo da religião. Tanto que essas mulheres poderiam até mesmo elevar o status de seus maridos, contudo, cabe salientar que a presença masculina era bem maior nesses ambientes. Normalmente, as sacerdotisas vinham dos altos estamentos e seu maridos também trabalhavam com isso. As sacerdotisas costumavam cantar, dançar e tocar para os deuses. Se fossem sacerdotisas de determinados deuses masculinos, eram denominadas concunbinas dos mesmos.
Espero ter ajudado. Abraços.
Olá, Boa noite, Aritusa Bernardo Bastos, uma boa discussão sobre o papel dos gêneros – inclusive a da mulher – e a sexualidade no Egito Antigo. Percebe-se que a mulher tem seu papel reconhecido a partir da fertilidade; a capacidade de procriação é a abertura para a sua presença nas funções públicas e mesmo ascensão familiar, com exceção do domínio que cabia ao homem. Porém o fundamental é conceber. Minha dúvida que não observei e que leva a indagar é a seguinte: Qual o olhar dessa sociedade para as mulheres que não concebiam – as estéreis? Existe alguma evidência em relação a esse fator? Exemplos, leis determinadas para exclusão da sociedade, rebaixamento social ou até mesmo a escravidão e servidão?
ResponderExcluirSaudações,
Jadson da Silva Bernardo.
Confesso que em meus estudos não achei coisa parecida, senão a questão do divórcio ou destituição do lugar de esposa oficial ou única, já que a poligamia era aceitável no Egito.
ExcluirGostaria de saber se o casamento no Egito Antigo ocorria entre diferentes extratos sociais.
ResponderExcluirNicole Maria Babugia Pinto
Não posso afirmar que não ocorria, pois em nenhum texto que li dizia isso. Mas certamente era mais comum um casamento ocorrer entre pessoas pertencentes a um mesmo estamento.
ExcluirBoa tarde!
ResponderExcluirAritusa Bernardo Bastos,
Primeiramente, gostaria de parabeniza-lá pela escrita e fundamentação consistente. Bem como, à questão do divórcio que já era existente no Egito Antigo( muito salutar).
Tenho uma dúvida peculiar: pode-se afirmar que o divórcio contemporâneo é uma prática ocidental-cristã, fruto do Egito Antigo? Ou houve alguns equívocos e distorções ao longo dos séculos ?
Att.,
Maykon Albuquerque Lacerda
Para Friedrich Engels a opressão da mulher nasce com a propriedade privada, pois para que o homem tivesse certeza que seria seu filho o único herdeiro de sua propriedade teria que controlar totalmente sua esposa, seguindo a mesma lógica a opressão sobre os LGBTs poderia ter nascido aí afinal, também relações não gerariam descendentes. A partir do seu estudo sobre a sociedade egipicia qual sua opinião sobre a origem da opressão dos LGBTs e das mulheres?
ResponderExcluirGleidson Fernando Rocha dos Santos
Eu li esse livro do Engels para uma pesquisa sobre Grécia e Roma antigas. O meu estudo sobre a sociedade egípcia não pode me dar tanto norte porque a documentação sobre isso é escassa, como afirmo em meu texto. E também, isso não era uma questão tratada aqui, como a opressão das mulheres.
ExcluirCom base no que estudei para uma outra pesquisa, posso afirmar que, no Ocidente, essa questão de preconceito aos LGBTs foi fomentada, sobretudo, a partir da ascensão e consolidação do Cristianismo. Pois, como se sabe, a religião condenava tais relações e a ideologia cristã imperou e ainda impera de forma muito forte no ocidente.
Parabéns pelo texto, Aritusa Bastos! Você externou brilhantemente suas considerações sobre gênero e sexualidade no Egito antigo. Como você bem salientou "a princípio, a relação entre o feminino e o masculino no mundo egípcio se dava sob um certo viés de igualdade." Estabelecendo um comparativo com as questões relacionadas ao gênero na contemporaneidade, sabemos que a mulher já obteve importantes conquistas, como o direito de votar e ser votada, por exemplo. No entanto, ainda observamos que há uma série de obstáculos que ela deve ultrapassar. Pensando nisso,como você observa a relação de gênero e a luta feminina por seus direitos no cenário atual do Brasil?
ResponderExcluirOlá, Lara. Obrigada por seu comentário.
ExcluirO contexto histórico atual brasileiro se difere bastante, no que se refere ao gênero, do que foi vivenciado no Egito Antigo. Como você mesma afirmou, muitas coisas que conquistamos,foi por meio de luta, principalmente do movimento feminista. Observo que há muitos objetivos a serem alcançados, sobretudo, no tocante aos nossos direitos reprodutivos. É interessante usar um texto sobre gênero no Egito para dialogar com nossa própria história.
Portanto, acredito que a luta feminina precisa prosseguir. No entanto, há um afastamento de muitas mulheres do feminismo por conta de ideologias que estão ascendendo, principalmente as de direita, que combatem veemente a luta das mulheres por igualdade. Por isso, creio ser de extrema importância um trabalho de base, que objetive educar e conscientizar, como o que foi mencionado por Bell Hooks em Ensinando a Transgredir: a educação como a prática da liberdade.
Espero ter respondido. Abraços.
Aritusa, parabéns pelo estudo.
ResponderExcluirGostei muito!
Fiquei com uma dúvida: no decorrer do texto você diz que a sexualidade no Egito não ‘era muito ligada à procriação’. Contudo, mais pra frente há menção às relações sexuais homoeróticas como ‘um desperdício de sêmen e insatisfatória’, pois tinha caráter ‘improdutivo’. Sendo assim, trata-se de uma contradição constatada pelos estudiosos ou uma consequência por não haver documentação que elucidem tais aspectos?
Abraço!
Antonio José de Souza
Olá, Antonio. Obrigada por seu comentário.
ExcluirEntão, uma coisa acaba não excluindo a outra visto que, por um lado, realmente há uma escassez de documentação sobre as relações homoafetivas. E por outro lado, ao partirmos dessa super valorização no ideário egípcio da interação entre o masculino e o feminino, é "justificável" considerarem uma outra forma de sexualidade insatisfatória e inferiorizarem-na de alguma maneira em detrimento da outra.
Espero ter ajudado. Abraços.
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ResponderExcluirBom dia Aritusa, parabéns pelo texto.
ResponderExcluirComo você explicou muito bem no seu texto, a mulher do Antigo Egito, em determinados aspectos, gozava de certos “privilégios”. Essa concepção da mulher do Antigo Egito mudou em decorrência das diferentes sociedade ou foi a religião que ditou essa mudança?
obs. esquece de assina.
Eleilda da Silva Santos
Foi uma questão aprendida e praticada no seu processo social, Eleilda.
ExcluirEspero ter ajudado. Forte abraço.
Bom dia Aritusa, parabéns pelo excelente texto.
ResponderExcluirTenho me interessado cada dia mais pelos temas que tocam gênero e sexualidade a partir de uma análise histórica.
Infelizmente como você mesmo colocou em seu texto as práticas homoeróticas masculinas e principalmente femininas são pouco documentadas, no entanto você nos revelou que tais práticas eram condenadas e vistas como algo que dificultava a ida do cidadão ao mundo dos mortos. Na Grécia Antiga no entanto tais práticas como a pederastia me parece ter sido melhor aceita e até incentivada de acordo com alguns textos.
A minha questão é: No que diz respeito às práticas homoeróticas, a explicação para diferença entre egípcios e gregos teria sido somente por questões "religiosas" (ainda que o termo não seja o mais adequado), ou teria outras questões sociais mais sutis como por exemplo a reprodutividade, capazes de definir tal diferença?
Cordialmente,
Cauê Araújo dos Santos.
Creio que se trata mais do que de uma questão religiosa, mas de uma questão cultural. O que acontece é que as crenças estavam profundamente asociadas a vida social egípcia e em seu ideário eles reconheciam a relevância da associação entre os gêneros, entendendo a ambos como importantes e necessários. A interpretação grega, por sua vez, era diferente. Pendia mais para os homens, tanto que se falava muito a respeito do amor entre iguais: uma relação sexual e afetiva envolvendo dois homens.
ExcluirEspero ter ajudado. Abraços.
Boa noite, texto muito informatio e abrangente, fala sobre todos os aspectos do assunto.
ResponderExcluirNa sua opnião, já que os registros são incompletos, o encontro entre jovens solteiros, escolha do marido ou aceite do casamento e a escolha de parceiros sexuais era de inteira responsabilidade da mulher ou a família interferia nesse aspecto? Obrigada
Claudine Bernardes Pereira
Olá, Claudine. Obrigada por seu comentário.
ExcluirEntão, eu li um livro que focava principalmente nas mulheres egípcias e era riquíssimo. Esse livro, do Jacq, que se encontra em minhas referências afirma em consonância com os demais artigos que os pais não costumavam se envolver nessas questões no Egito. O encargo era mesmo do casal.
Espero ter ajudado. Abraços.
Só um adendo. O consentimento do pai era necessário, mas eles não interferiam para arranjar um casamento, como era feito na Grécia.
ExcluirBoa noite!
ResponderExcluirParabéns pelo seu texto!
Em seu texto você cita que em algumas situações a poligamia era permitida, desde que o homem sustentasse suas esposas. E a mulher, ela poderia ter mais de um parceiro, tal qual o homem?
Parabéns pelo texto, foi uma excelente abordagem!
ResponderExcluirSegundo o que entendi em uma passagem do texto, tanto as mulheres quanto os homens poderiam ter relações sexuais com outras pessoas antes de escolherem seus cônjuges oficiais. Com base nessa passagem, minha dúvida é:
Como eram tratados os filhos concebidos fora do casamento, mais especificamente, qual era o ponto de vista dos egípcios sobre tal questão?
CARINA GRESELLE
Parabéns pelo texto. Muito bem estruturado e de fácil compreensão. Pude perceber em seu texto uma relação de respeito entre os homens e mulheres no egito, pelo menos em relação a união formal. Você acredita que ao não existir interferências do estado e da religião no união dos casais a relação se dava de forma mais harmônica e estruturada. Ou seja os relacionamentos tinham bases mais sólidas e de respeito entre o casal?
ResponderExcluirAmanda Gabrielly da Silva
Obrigada, Amanda. A questão levantada por você é realmente interessante.
ExcluirSua pergunta é de difícil resposta, porque é complicado dissociar o Egito de outras civilizações antigas no tocante à comparações. Principalmente pra mim, que pesquisei sobre gênero e sexualidade no ocidente antigo também. E o Estado dava total autonomia aos maridos em tudo nesses locais que estudei.
No caso dos egípcios, o Estado era "indiferente", salvo raras exceções, por uma questão cultural deles mesmo. Mas isso não impedia os casos de incongruência dos casais, o que é natural. Então, talvez tenha sido benéfica a não interferência. Mas nesse contexto específico, não creio que mudaria muito se o Estado se envolvesse, não em sentido de oprimir um outro outro dentro do casamento, como na Grécia e em Roma, por exemplo.
Espero ter ajudado. Abraços.
Aritusa parabéns pelo texto, resultado de uma pesquisa interessante. em parte do texto você afirma que "Há fatores que se revelam problemáticos no que se refere aos estudos sobre homossexua- lidade no Egito, entre eles: a ausência de documentação remetente a todas as categorias sociais existentes, a aproximação cultural com romanos e gregos, promovendo um empecilho a uma interpretação “pura” de tais questões e a carência de um termo próprio da sociedade egípcia para designar relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo." porém em seguida você já afirma que
ResponderExcluir"Algumas referências ao homoerotismo, embora configurem poucas, se dão nos campos mítico, literário de carater real - envolvendo os faraós - e das artes em geral." Sendo assim, questiono ainda que poucas as referencias ao homoerotismo e mais voltado ao campo mítico e literário, isso não seria reflexo da sociedade em que o homoerotismo estava presente?
Felipe Vieira Amorim
Bom dia, Aritusa
ResponderExcluirQue ótimo texto! Faço estágio em uma escola e uma turma em particular está aprendendo e discutindo sobre o Egito, obrigada pelas ótimas curiosidades que me deu grandes ideias. Gostaria de saber se tem um texto em especial que gostaria de recomendar sobre a temática.
Obrigada mais uma vez e abraços,
Ana Clara Fernandes da Costa
Confesso que não sou especialista no assunto, apesar de ter me empenhado para a realização dessa pesquisa. A bibliografia que usei foi primordial. Confesso que o livro de Jacq me marcou bastante, por tratar das questões de gênero dando enfoque na realidade vivenciada pelas mulheres egípcias de maneira clara e envolvente.
ExcluirEspero ter ajudado. Abraços.
Olá, Aritusa, muito bom teu texto!
ResponderExcluirConsiderando que o ato sexual era tido como sagrado por causa da procriação e que os casamentos poderiam acabar caso o casal não conseguisse gerar filhos, há indícios que apontam para alguma forma de preconceito sofrida por mulheres ou homens inférteis?
Muito obrigada, sucesso em suas pesquisas.
Letícia Mayer Borges
Então, Letícia, questões envolvendo a infertilidade poderiam causar divórcios no Egito.
ExcluirEspero ter ajudado. Abraços.
Parabéns, Aritusa. Excelente texto.
ResponderExcluirComo aponta seu texto, no Egito Antigo, "a diferença crucial entre ambos os gêneros se dá na posição de dominante, que cabia ao homem" e, nesse sentido há uma aproximação com as sociedades ocidentais (inclusive em nosso tempo). Pensando na educação básica, como o exemplo da Egito Antigo pode ajudar educadores/as da História a tratar de questões de gênero com as/os estudantes?
Humberto Bruno Santos de Moura
Excelente texto, parabéns. Realmente, o Egito possuí uma história fantástica, e como você descreveu ao decorrer do seu texto, a mulher da sociedade egípcia se distinguia bastante das mulheres de outras civilizações, como exemplo, as da Grécia. Mas enfim, o que te levou a conhecer com mais profundidade o papel da mulher egípcia e a sexualidade da época?
ResponderExcluirTalita Taline da Mata Silva
Excelente texto, parabéns pelo trabalho. Aritusa, poderíamos considerar que essa ausência de um termo próprio para se referir à homossexualidade seria devido a crença religiosa? Tendo como base a referência citada no texto, os tipos de relações sexuais poderiam interferir na entrada do indivíduo no mundo dos mortos e é sabido q os egípcios acreditavam na vida após a morte.
ResponderExcluirLauana Angelica Souza Almeida
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirComo foi citado no texto que existia essa liberdade entre eles para se relacionarem e até mesmo ser um casamento temporário/experimental, gostaria de esclarecimento no tocante as crianças ou filhos desses, como eles eram tratos e educados?
ResponderExcluirE a viúves da mulher era vista de forma negativa pela sociedade na época?
Andreza Cínthia Alves de Lima
Em minha pesquisa não encontrei nada a respeito desses filhos, confesso. Depois procurei mais uma vez e não achei nenhum trabalho a respeito. Mas talvez, por se tratar de um casamento experimental, fosse raro um casal gerar e por isso a ausência de muitos documentos, mesmo porque os egípcios eram pioneiros na questão dos anticoncepcionais.
ExcluirE que eu tenha pesquisado, as viúvas não eram discriminadas não.
Espero ter ajudado. Abraços.