Beatriz Caetano


A HISTÓRIA DA PÉRSIA
Beatriz Caetano

O Império Persa, que antigamente era considerado apenas uma tribo dominada pelos Medas, tem sua História resumida em guerras, expansão de seu território e da sua cultura. O pontapé de sua História se inicia com Ciro, O Grande, que ao derrotar a civilização da Média, passam a subjugá-los e começar sua efetiva política de expansão.
Heródoto, em seu livro “Histórias” conta que Ciro II era filho de Cambises. Este pertencente a uma poderosa família da tribo persa. A mãe era Mandane, filha de Astíages, o rei da média. O rei, sabendo que esse herdeiro era filho de um persa e poderia destrona-lo, podendo acabar com a linhagem dos medas, manda matar o recém-nascido, em segredo. Astíages o entrega a Hárpago, um parente de confiança, que não obedece à suas ordens e passa toda a responsabilidade para um boiadeiro, chamado Mitríades, que também o desobedece e resolve criar a criança como filho. O boiadeiro, que acabara de perder seu filho recém-nascido, entrega à Harpago a criança morta como se fosse o filho de Cambises, seguindo a ideia de sua esposa. Ao completar 10 anos, a criança se envolve em uma brincadeira com as outras de sua idade, onde foi escolhido para ser o “Rei da Aldeia” e todas as crianças passam a seguir suas ordens, menos o filho de Artembares (homem importante dos Medas). Ciro, então, mandou aplicar-lhe castigo corporal por conta da sua desobediência. Desta forma, o filho de Artembares vai contar ao pai sobre o “filho do boiadeiro”. Ao chegar diante do rei o filho de Artembares e o “filho de Mitríades”, o rei nota sua semelhança com Ciro e percebe que foi enganado. Com isso, vinga-se a Hárpago, matando seu filho e fazendo-o comer suas partes na ceia em que foi convidado. Após isso, manda Ciro para a Pérsia, junto aos seus pais, por achar que não há mais ameaça de perder o trono.
Ciro, quando um pouco mais crescido, recebe uma carta de Hárpago, expondo que salvou sua vida ao não seguir às ordens de seu avô Astíages, que queria sua morte, e então o convence a se vingar. É a partir de então que Ciro forja uma carta dizendo que o Rei da Média, o titulou Governador da Pérsia, por ser seu avô. Sua primeira ordem foi fazer com que todos se armassem, começando a revolta que fez a Pérsia se libertar da civilização dos Medos.
Após esta conquista, Ciro dá início a evolução de seu império. Ciro domina a Lídia e toda a Anatólia ocidental em 546 a.C, tornando-se já senhor de toda a Ásia. A partir de então, a expansão foi contínua: encontraram cidades abandonadas e outras regiões se renderam por temer a esse Império. Até que invadiram a Babilônia, em 539 a.C. através da estratégia explicada por Heródoto (440 a.C., p. 120-121):

Colocou o exército, parte no ponto onde o Eufrates penetra na Babilônia, parte no local onde o rio deixa o país, com ordem de invadir a cidade pelo leito do mesmo, logo se tornasse vadeável. Com o exército assim distribuído, dirigiu-se para o lago com algumas tropas menos aguerridas. Ali chegando, a exemplo do que fizera a rainha Nitócris, desviou as águas do rio para o lago pelo canal de comunicação. As águas se escoaram, e o leito do rio facilitou a passagem. Sem perda de tempo, os Persas postados nas margens entraram na cidade, com as águas do rio dando apenas pelas coxas.

Conta também, Heródoto (440 a.C, 121), que a vitória dos persas sobre a Babilônia se deve também ao fato de este império ser muito grande e a notícia de invasão demorar muito para chegar no centro, onde havia um festim e, logo, não esperavam pela invasão que destruiria o reinado de Nítocris.
Os judeus, que ali viviam, responderam bem ao domínio dos persas, já que foram muito beneficiados com o decreto de Ciro na reconstrução de Jerusalém e com toda a política de tolerância às religiões e costumes dos dominados. (CLINE; GRAHAN, 2012, n. p)
Em meio à tentativa de domínio sobre os Masságetas, declarou seu filho Cambises seu sucessor. Ciro morre em combate contra os Masságetas e seu filho o sucede. Sua primeira disposição é marchar contra o Egito depois de ter sido enganado pelo imperador Amásis. O rei Aquemênida queria pedir a mão da filha dele em casamento, no entanto, foi enviada à Pérsia uma mulher qualquer dizendo ser sua filha. Cambises, ao descobrir a mentira, declara guerra ao Egito. A dificuldade de passar pelo deserto foi superada ao ser aconselhado de pedir permissão à Arábia para passar por suas terras. A batalha, no entanto, foi perdida e, ao notar sua derrota, Cambises envia um mensageiro de barco à Mênfis, onde estão entrincheirados os soldados egípcios. Ao verem se aproximando uma embarcação, a destroça e mata todos os tripulantes. Após isso, os persas resolveram sitiar a cidade, fazendo renderem-se à Pérsia. Assim, Cambises conquista o Egito e ainda conquistaram o território dos Líbios, dos Cireneus e dos Barceus sem nenhum esforço, já que, por medo, se renderam.
Após a conquista, a meta agora era dominar os Amônios, Etíopes e Cartagineses, que habitam parte da Líbia do lado do mar Austral.  
Cambises é morto por uma lâmina acertada na coxa, que infeccionou e o deixou definhar. O rei havia descoberto que o sonho profético que teve de Esmérides conquistando todo o seu território não se tratava de seu irmão, mas de um mago também chamado Esmérides, que cuidava de todos os seus bens. Cambises matou seu irmão em vão e o mago apoderou-se do trono após sua morte. Este mago, entretanto, não teve apoio algum dos persas, conta Heródoto que houve uma reunião de pessoas importantes do Império que tramaram contra o novo rei, uma destas pessoas seria Dario, pertencente à linhagem dos Aquemênidas e que assumirá o reino. Agiram, todos, subitamente, com êxito. (HERÓDOTO, 440 a.C., p. 260-265)
Dario venceu a competição pelo trono e, além disso, casou-se com a filha de Cambises. A partir de então, distribuiu ordenadamente as satrapias e regulamentou os tributos que deveriam pagar cada sátrapa. Uma mudança na política das satrapias, explica Morreau (1979, p. 6), aconteceu quando Dario passou a rodear o governador regional de homens de confiança para evitar traições. Heródoto (440 a.C, p. 271) conta também com especificidade sobre esta nova organização:

Eis como distribuiu ele as satrapias e como regulamentou os tributos, que lhe deveriam ser pagos todos os anos. Ordenou que os que deviam pagar sua contribuição em prata, a pagassem ao peso do talento babilônio, e os que tivessem de pagá-la em ouro, o fizessem ao peso do talento da Eubéia. O talento babilônio vale setenta minas da Eubéia.

Dario construiu um sistema de estradas, a Estrada Real Persa, reconquistou a Babilônia, mas morreu em meio à guerra contra a rebelião do Egito e do ataque de Atenas, sendo sucedido por seu filho Xerxes. Este, teve como primeiro desejo vingar seu pai. Teve êxito no domínio do Egito e também em algumas batalhas contra Atenas, embora este fato não teria sido possível sem a ajuda de algumas cidades gregas. Além disso, ainda com toda a ajuda, perdeu a batalha naval contra Atenas e, consequentemente a guerra.
Com a morte de Xerxes, seu filho Artaxerxes assume o Império. Momigliano (1991, p. 188) fala sobre a época pertencente ao seu governo:

“[...] a Pérsia exerceu uma pressão muito maior sobre a Grécia do que exercera na época da supremacia naval ateniense. A Pérsia recuperara o domínio dos gregos da Ásia Menor e apoiava a cidade ou o partido que parecesse conveniente”.
Os problemas internos na Pérsia sempre existiram: o Egito se revolta novamente e Artaxerxes o reconquista mais uma vez. A partir de então, domínio persa permanece, embora em menor intensidade. Scheele (2014, n.p) conta já sobre o governo de Artaxerxes Oco, conhecido também como Artaxerxes III, que o seu grande feito foi combater focos separatistas, restaurando a unidade do império. Conta também sobre a relação com as cidades gregas:

“[...] sob o governo rigoroso de Artaxerxes Oco, a Pérsia reivindicava a Grécia como propriedade sua e a considerava como fornecedora regular de tropas mercenárias que permitiam a manutenção da unidade monárquica”.

O rei da Filipe da Macedônia enxergou isso como um problema, já que para dominar a Grécia e unifica-la, ele teria que enfrentar, primeiramente, o Império Persa.
Scheele (2014, n.p) conta que o conflito entre a Macedônia, então liderada por Alexandre, e a Pérsia, esta liderada agora por Dario, foi travado na Babilônia. Os persas perdem a batalha e Dario é morto, fugindo para suas satrapias na Ásia Central. A vitória de Alexandre, o Grande, marca, então, pouco a pouco, o fim do Império Persa, na medida em que a missão da Macedônia consistia em dominar todas as satrapias persas.

Referências
Beatriz Caetano Pinheiro Gomes é graduanda de licenciatura em História na Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

CLINE, Eric H.; GRAHAM, Mark W. Impérios Antigos: Da Mesopotâmia à Origem do Islã. São Paulo: Madras, 2012
EYLER, Flávia M. S. Percursos da Educação em Roma. História Antiga: Grécia e Roma: A Formação do Ocidente. Rio de Janeiro: PUC-RJ, 2014
HERÓDOTO, História. Rio de janeiro: Clássicos Jackson, 1950.
MOMIGLIANO, A. Os limites da Helenização. Rio de janeiro: Zahar, 1997.
MORREAU, J. Pérsia dos grandes reis e de Zoroastro. Rio de Janeiro: Otto Pierre, 1979

30 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Gostaria de saber quem possuía o direito de participar da competição pelo trono Persa? E como era composta essa competição ?
    Alice Bandeira

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    1. Olá, Alice. Não encontrei em minhas fontes nada que desse a entender que poderia haver algum princípio de legislação para concorrer ao trono. Afinal a ideia de Ciro II e Cambises II nunca foi dar alguma chance a alguém de fora da linhagem dos Aquemênidas. O que poderia acontecer, e que foi relatado sobre o mago Esmérides, é um golpe de Estado, quebrando a linhagem aquemênida no trono da Pérsia.
      Heródoto, inclusive, até relata em sua mesma obra sobre uma reunião entre Dario e aqueles que ajudaram a destronar o mago Esmérides. O que ele diz é que Otane, teria defendido um sistema
      democrático (assemelhando-se a Atenas), Megabizo teria defendido a oligarquia,
      enquanto Dario, por fim, defendeu que a monarquia era o melhor sistema de governo. Logo, a monarquia se manteve e os aquemênidas voltam a governar a Pérsia.
      Espero ter esclarecido sua dúvida.
      Beatriz Caetano Pinheiro Gomes

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  3. Gustavo de Souza Gomes5 de agosto de 2019 às 19:25

    Qual foi a organização política estabelecida durante a história do Império Persa, ela passou por mudanças ou permaneceu a mesma?

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  4. Dario, parece ter sido o grande organizador do Império Persa, como era a organização anterior a seu reinado? Não havia grande controle sob as satrápias?
    Gustavo de Souza Gomes

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    1. Olá, Gustavo, tentarei esclarecer suas duas questões em uma resposta. Como respondido à Alice, a Pérsia tinha como seu sistema político a monarquia. O Império começou a ser dividido em satrapias com o decorrer de sua expansão. Houveram sim muitas manutenções, mas, em sua maioria, tinham a finalidade de aperfeiçoar a mesma organização primordial do Reino Persa, exceptuando a falha de o mago Esmérides tomar poder do Império Persa que realizou algumas mudanças a fim de conseguir contentar o povo a fim de parecer um Imperador legítimo (suas mudanças eram isenções de impostos e subsídios para os súditos).
      Quanto à sua segunda questão: Algumas satrapias, como exposto no texto, se viam com muita facilidade de rebelarem-se contra o Império depois de um determinado tempo. Portanto, Dario enxergou que ao rodear o Sátrapa de homens de confiança do Imperador dificultaria que uma rebelião partisse do governante local.
      Espero ter te ajudado.
      Beatriz Caetano Pinheiro Gomes

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  5. Boa noite. Gostaria de saber como era feita a organização da sociedade e qual a participação feminina: as mulheres podiam participar da vida política, da religião?

    Ana Paula Sanvido Lara

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  6. Boa noite!
    Seu texto ficou incrível, está de parabéns pela produção.
    Ciro II o Grande praticou uma política de tolerância sob os povos dominados, gostaria de saber quais os pontos positivos e negativos de tal política para a manutenção da integridade do Império Persa?

    José Raimundo Neto.

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    1. Muito obrigada, José. Excelente pergunta!
      Ciro II, ao resolver respeitar os costumes dos povos dominados, percebe que o melhor dominado é aquele que pensa que é livre. Logo, mantêm seus costumes, sua religião e até um representante deles e, em troca, pede apenas que sejam leais à Persia em forma de tributos. Tornando-os, portanto, dóceis ao seu domínio.
      O ponto negativo, no entanto, seria as Satrapias se sentirem tão livres a ponto de não aceitarem mais fazer parte do Império e pararem de pagar os tributos. Isso aconteceu algumas vezes, como relatei no texto e, foi a fim de resolver esse conflito, que Dario passou a rodear o governante local de pessoas de confiança.
      Espero ter te ajudado.
      Beatriz Caetano Pinheiro Gomes

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    2. Ajudou sim Beatriz, mais uma vez reitero a sua excelente produção textual, e obrigado pela resposta.

      José Raimundo Neto.

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  7. Boa tarde!
    A princípio, gostaria de parabenizar a Sra. Beatriz Caetano, pela escrita salutar e fundamentação consistente .
    É fascinante a História da Pérsia , com suas características peculiares.
    É notório a escassez de temáticas sobre os persas , no que tange à produção historiográfica brasileira , visto que, em sua maioria os historiadores tendem a se debruçar sobre a História Ocidental, ou seja, nossa realidade .
    Att.,
    Maykon Albuquerque Lacerda

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    1. Muito obrigada pelo comentário, Sr. Maykon Albuquerque.
      É realmente lamentável tamanha carência sobre toda a cultura persa. Entretanto, a História persa, mesmo que geralmente contada por uma perspectiva ocidental, permanece deslumbrante, tendo em vista toda a sua contribuição política e religiosa para todo o Mundo Ocidental.
      Beatriz Caetano Pinheiro Gomes

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  8. Boa noite, Beatriz Caetano!
    A benevolência de Ciro no início do império Persa para com os vencidos diferenciava-o dos padrões da época, onde os demais impérios usavam da violência e massacres como condição de conquistas e manutenção de seus domínios. Nesse sentido, qual a importância como fato histórico, da permissão de Ciro ao retorno dos judeus à Palestina pacificamente sendo talvez o único império a praticar tal ato de tolerância?


    CLÉSIO FERNANDES DE MORAIS

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    1. Boa noite, Clésio Fernandes!
      Acredito que, como fato histórico, a permissão de Ciro ao retorno dos judeus à Palestina tenha um grande significado estratégico: Além de conseguir a lealdade dos judeus, Ciro conquista uma região tática. Abaixo da Palestina se encontra o Egito, Império que, na época, apoiava os gregos e os medas. Desta forma, ao reconstruir Jerusalém, ele domina o povo judeu, expande seu Império e facilita sua invasão ao Egito.
      Espero ter esclarecido sua dúvida.
      Beatriz Caetano Pinheiro Gomes

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    2. Olá, Beatriz!Esclareceu sim e com uma resposta eficiente.Que no próximo simpósio você possa nos presentear outra vez com seus textos.

      Clésio Fernandes de Morais

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  9. Boa noite, cara Caetano!
    Gostaria de parabenizar pelo excelente texto!

    Dentre todos os feitos de Dario, o sistema de estradas me chama atenção. Então gostaria de saber se o sistema de estradas construído não chegou a ser eficiente para evitar a rebelião do Egito e ter um amparo melhor contra o ataque de Atenas? Uma vez que ele facilitaria a comunicação, podendo então ter uma organização mais eficiente. Uma vez que ele poderia ter mais estratégias, já que o contato com as Satrápias teve um avanço.

    Pablo Afonso Silva

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    1. Boa noite, Pablo Afonso!
      A construção da Estrada Real Persa realmente teve como objetivo principal facilitar o controle sobre as partes do Império. Entretanto, há historiografias que contam esta rebelião do Egito como fruto de uma traição do Sátrapa e, portanto, não foi possível evitá-la. Mas foi graças ao sistema de Estradas que Xerxes reconquista o Egito. A eficiência inquestionável da Estrada Real é melhor vista quando usada como o primeiro sistema de correios da História; e também com a maior facilidade e agilidade nas rotas comerciais. Embora com isso tenha sido possível dificultar muitas conspirações e revoltas, acredito que a questão necessária para conter a rebelião era mais política do que territorial.
      Espero ter esclarecido sua dúvida.
      Beatriz Caetano Pinheiro Gomes

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  10. Excelente artigo Beatriz, gostaria de saber mais sobre o rei Aquêmenes, que dá origem a dinastia fundadora do império persa.
    Alberto Ferreira e Souza.

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  11. Cara Beatriz, PARABÉNS pelo trabalho!!
    Me interesso muito pela parte religiosa, existe algum tipo de material ou possui informações sobre as divindades e fomas de culto?
    Obrigado, Sucesso!!

    Jônatas Fernandes Pereira

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    1. Olá, Jônatas Fernandes!
      Além de uma das minhas fontes "Pérsia dos grandes reis e de Zoroastro.", há um também um livro chamado O Oriente Medio, de Bernard Lewis. Lá ele conta sobre a religião e a influência que teve no judaísmo e, consequentemente, no cristianismo. Posso te adiantar que a religião da Pérsia, e também dos Medas, era o Zoroastrismo: uma religião monoteísta, que tinha como a ideia central o dualismo, ou seja, a luta (e vitória) do bem contra o mal. O nome da religião se dá por conta do profeta Zoroastro, também conhecido como Zaratustra. Eles também já acreditavam que a humanidade precisava do livre-arbítrio para escolher o bem, auxiliando o deus do zoroastrismo a conter o mal. Enfim, há, dentre as que citei, muitas semelhanças com religiões que conhecemos hoje.
      Espero ter ajudado.
      Beatriz Caetano Pinheiro Gomes

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    2. Oi Beatriz!
      Que maravilha!!!!!
      Obrigado pelas informações e prestatividade! Foi de grande valia!
      Sucesso

      Jônatas Fernandes Pereira

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  12. Apesar de poucos difundidos os estudos sobre a Pérsia no ambiente escolar, é provável que em algum momento o aluno seja informado sobre a grandeza de tal império durante a Idade Antiga.
    A minha pergunta é referente aos estudos historiográficos sobre a Pérsia, já que, além de ser um local já findado e "substituído" pelo atual Irã, nós ocidentais temos pouca divulgação de fontes precisas em relação ao Oriente.
    Você mencionou os primórdios deste império a partir de Ciro II, em uma história que, particularmente, me lembra muito uma tragédia grega, dadas as suas reviravoltas. Meu questionamento é em relação às pesquisas e o pensamento crítico dos historiadores/pesquisadores em relação a esta origem. Em suas pesquisas, houve, em algum momento, uma fonte que apresentasse um questionamento acerca destas origens? Há alguma crença de que parte da trajetória de Ciro II faça parte de uma lenda perpetuada com o decorrer dos séculos, misturada a fatos reais?
    Analuz Marinho Gonçalves

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    1. Boa noite, Analuz Marinho! Obrigada pela excelente pergunta!
      Sim, em muitos momentos durante a minha pesquisa, até mesmo lendo Heródoto, me mantive um pouco cética quanto à algumas passagens. O autor, sendo um homem de seu tempo, demonstra muito apego à questões transcendentais a fim de preencher algumas lacunas da História. Por exemplo, a forma que Creso, Rei da Lídia, perde seu império para Ciro por meio de um desentendimento sobre o aviso do Oráculo (440 a.C, p. 74).
      Desta forma, o questionamento é feito durante toda a pesquisa. O trabalho está em encontrar, através de outras fontes, algo que confirme tal fato histórico. Espero ter contribuído no esclarecimento de sua dúvida.
      Beatriz Caetano Pinheiro Gomes

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  13. Pâmela Regina Farias dos Santos8 de agosto de 2019 às 20:17

    Olá Beatriz Caetano, muito bem desenvolvida e completa sua escrita. A história da Pérsia é fascinante, trabalho com educação infantil e tenho uma dúvida a respeito de como introduzi esse tema em sala de forma dinâmica, como por exemplo a apresentação de um filme/desenho que retrate bem esse tema. Alguma dica para mim? Desde já agradeço.

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    1. Boa noite, Pâmela!
      Infelizmente os filmes que temos retratando a Pérsia vêm com uma perspectiva puramente ocidental. Filmes como 300 e Alexandre, além de não serem muito apropriados para certa idade, nos conta sobre a História da Persia de forma muito parcial. Aconselharia a fazer uma dinâmica interativa entre os próprios alunos mostrando o funcionamento das Satrapias e como funcionava o grande império. Para além disso, há um site chamado Mozaweb que tem animações educativas sobre diversos acontecimentos históricos e pode haver algum que nos ajude a introduzir a fascinante História persa. Agradeço a atenção. Espero ter ajudado.
      Beatriz Caetano Pinheiro Gomes

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  14. olá Beatriz Caetano, muito bem desenvolvida e completa sua escrita. A história da Pérsia é fascinante, trabalho com educação infantil e tenho uma dúvida a respeito de como introduzi esse tema em sala de forma dinâmica, como por exemplo a apresentação de um filme/desenho que retrate bem esse tema. Alguma dica para mim? Desde já agradeço.

    Pâmela.

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    1. Boa noite, Pâmela!
      Infelizmente os filmes que temos retratando a Pérsia vêm com uma perspectiva puramente ocidental. Filmes como 300 e Alexandre, além de não serem muito apropriados para certa idade, nos conta sobre a História da Persia de forma muito parcial. Aconselharia a fazer uma dinâmica interativa entre os próprios alunos mostrando o funcionamento das Satrapias e como funcionava o grande império. Para além disso, há um site chamado Mozaweb que tem animações educativas sobre diversos acontecimentos históricos e pode haver algum que nos ajude a introduzir a fascinante História persa. Agradeço a atenção. Espero ter ajudado.
      Beatriz Caetano Pinheiro Gomes

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  15. Boa noite, Beatriz!
    Parabéns pelo texto bem escrito. Gostaria de saber se em suas pesquisas foi possível identificar como os persas lidavam com tamanha pluralidade e diferenças culturais dos povos provenientes de seu império dentro do exército. Você acredita que a diferença na cultura, nas línguas e nos costumes foi um fator que viabilizou a derrota persa para os macedônios de Alexandre que eram um exército mais uniforme?
    Desde já agradeço.

    André Luiz Brito Silva Ferreira

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    1. Boa noite, André Luiz! Não enxergo a diferença de cultura como um fator para a derrota persa. Até porque, após a vitória de Alexandre, uma de suas iniciativas é manter a mesma política de preservação de costumes locais. Eu entendo que o fator preponderante para a queda do Império Persa foram as constantes conspirações e revoltas. Revoltas estas que, geralmente, não era por uma disputa de costumes e sim uma questão de lidar com altos ​​tributos exigidos pelos Persas. Espero ter ajudado.
      Beatriz Caetano Pinheiro Gomes

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